O sérvio Novak Djokovic, número dois do ‘ranking’ ATP, bateu o espanhol Carlos Alcaraz, líder da hierarquia mundial, na final do Masters 1.000 de Cincinnati, nos Estados Unidos.
No domingo, numa partida que durou três horas e 49 minutos, a mais longa final a três sets na história do ATP Tour (desde 1990), o jovem Alcaraz, de 20 anos, começou melhor e venceu o primeiro por 7-5, numa altura em que Djokovic precisou de assistência médica devido ao forte calor que se fazia sentir.
No entanto, o sérvio de 36 anos, que não perdera um parcial durante todo o torneio, recuperou e conquistou os dois sets seguintes, mas só no tie break, por 7-6 (7) e 7-6 (4).
O sérvio garantiu o terceiro título em Cincinnati em seis anos ao garantir o quinto match point, num jogo disputado em temperaturas a rondar os 32 graus.
“Esta foi uma das partidas mais emocionantes que já joguei em qualquer torneio”, disse Djokovic, durante a entrega do troféu, após a partida. “Parecia um Grand Slam,” acrescentou o tenista, que detém o recorde mundial, com 23 títulos em torneios major.
“Espero que nos encontremos em Nova Iorque. Isso seria divertido – bem, para os fãs, não para mim”, disse o sérvio a Alcaraz, referindo-se ao Open dos Estados Unidos, que começa em 28 de agosto.
Matthew Stockman
Cincinnati foi o primeiro torneio disputado pelo sérvio nos EUA em dois anos, por causa das restrições impostas devido à pandemia de covid-19. Djokovic jogou pela oitava vez a final do torneio norte-americano, que venceu em 2018 e 2020.
Pouco mais de um mês depois de ambos terem protagonizado a final de Wimbledon, vencida por Alcaraz, o sérvio conquistou o 95.º título da carreira, ultrapassando Ivan Lendl como terceiro entre os homens na era profissional, que começou em 1968. Este foi o quarto duelo entre ambos, – a primeira em piso rápido -, agora com dois triunfos para cada lado.
O jovem espanhol, que se qualificou pela primeira vez para a final de Cincinnati, não conseguiu conquistar o terceiro Masters 1.000 desta temporada, depois dos sucessos em Indian Wells e Madrid. Fez o discurso de vencido em lágrimas, mas sublinhando que aprendeu muito com a derrota, num encontro em que teve match point no tie break do 2.º set, parcial onde chegou a estar um break acima.
Alcaraz ainda vai começar o US Open como número 1 mundial, mas bastará a Djokovic vencer na 1.ª ronda para voltar ao topo da hierarquia mundial.