Um festival é feito das estrelas do cartaz e daquelas que não se veem, as que fazem o trabalho de formiguinha para que ao público tudo pareça simples e suave, como um barquinho à vela a navegar em águas calmas. Encontrámos uma dessas estrelas no camarim, entre snacks e bebidas muito bem arrumadas e listas de pedidos de bandas afixadas nas paredes.
Janete Carvalho recorda-se de ser miúda e de ir a um pequeno festival à beira rio, levada pelas mãos dos pais. “A família vinha toda”, diz a atual responsável de hospitality do Vodafone Paredes de Coura, que não troca a “tranquilidade e a paz” da sua vila por nenhuma cidade do mundo.
Hoje, a romaria familiar ainda acontece. No ano passado, por exemplo, um runner foi buscar a tia avó de 98 anos a casa, “porque ela queria vir ao festival”. O primo, atento à nossa conversa, acena que sim. Tem 17 anos e começou a ajudar Janete nesta edição. Todos os dias prepara à volta de 300 sanduíches. “Já não posso ver pão à frente”, ri-se. Na cantina, é a mãe que vai dando uma mãozinha na confeção dos almoços e dos jantares para os artistas. “É tudo muito caseirinho”.
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