Segundo a imprensa italiana, os sintomas começaram ainda em Portugal. Segundo o Milano Today, o jovem começou a ter febre alta e cansaço extremo, mas os médicos portugueses atribuíram os sintomas ao cansaço dos dias anteriores e à mudança repentina de temperatura.
Na noite de quarta-feira, às 23h30, no aeroporto de Bérgamo, Itália, o jovem foi levado para as urgências Mater Domini, em Castellanza, onde sofreu uma paragem cardíaca. Na quinta-feira de manhã foi transferido para a unidade coronária do hospital de Monza.
Vários jornais italianos referem que os médicos supõem que tenha contraído a bactéria Staphylococcus em Lisboa.
O corpo vai ser autopsiado esta segunda-feira para apurar a causa da morte.
O jovem era conhecido na aldeia pelo seu trabalho paroquial e tinha ido a Lisboa com o grupo de jovens do oratório de San Luigi, onde era catequista. “Luca era catequista e educador, tinha estado na Jornada Mundial da Juventude. Aqui deve ter apanhado a bactéria que não lhe deixou saída”, disse o pai, Francesco Re Sartù, ao La Repubblica.
Ao CM, Rui Nogueira, médico de família e dirigente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, explica que este tipo de bactérias é bastante comum. “É uma bactéria muito comum, faz parte da nossa flora habitual. Não tem a ver com a falta de higiene ou contaminação externa”, refere.
Os sintomas são variados, desde febres muito altas, dores musculares ou de cabeça, entre outros. Amigdalites ou problemas de pele são as formas menos graves, mas em pessoas idosas ou com outras doenças associadas, a infeção bacteriana pode ser mais perigosa.
“É necessário procurar cuidados médicos quando surgem os sintomas, para se conseguir um diagnóstico em tempo útil”, refere Rui Nogueira. O tratamento passa pela administração de antibióticos.
Por ano, em Portugal, as bactérias multirresistentes são responsáveis por cerca de 1160 mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Estima-se que em todo o Mundo um quinto das infeções hospitalares sejam provocadas por este tipo de bactérias.