jogador do Rio Ave suspenso 360 dias


Sávio, lateral esquerdo, estava no Goiás quando viu um cartão amarelo que terá sido combinado a troco de dinheiro. Defrontou o Chaves anteontem e pode ser utilizado enquanto a FIFA não atuar.

O lateral esquerdo Sávio, jogador de 28 anos que alinha no Rio Ave, foi condenado a 360 dias de suspensão e a uma multa de cerca de 5500 euros, sentença decretada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Brasil.

Em causa está um caso de manipulação de resultados na Série A, principal campeonato brasileiro. Sávio foi um dos implicados no processo e, segundo o documento do Tribunal a que O JOGO teve acesso, o jogador “teria confessado ter participado, por uma vez, do esquema de manipulação de eventos durante uma partida de futebol, assinando acordo de não-persecução penal com o Ministério Público de Goiás”.

O caso remonta a 2022, concretamente ao jogo entre o Red Bull Bragantino e o Goiás, que representava na altura por empréstimo do Rio Ave. O Ministério Público brasileiro apurou que Sávio “teria ajustado vantagem financeira de 70 mil reais [cerca de 13 mil euros] para receber cartão amarelo” no referido jogo, disputado a 18 de setembro e a contar para o Brasileirão.

Nesse desafio, Sávio “recebeu o cartão amarelo”, sendo que na denúncia criminal “há prova de que ele tenha recebido pelo menos 15 mil [2760 euros] por meio de transferência feita diretamente pela esposa de Bruno Lopez de Moura”, outro dos arguidos deste processo.

A Procuradoria requereu a condenação do jogador e a Comissão Disciplinar do Supremo, em sessão de julgamento realizada na semana passada (9 de agosto), aplicou a sentença “por unanimidade” de 360 dias de suspensão e 30 mil reais (cerca de 5500 euros) de multa.

Sávio foi suplente utilizado no jogo da Taça da Liga frente ao Arouca (jogou 19 minutos) e no domingo, na estreia do campeonato, em casa, diante do Chaves, alinhou toda a segunda parte.

A decisão deste Tribunal desportivo tinha sido tomada uns dias antes, mas poderá ser passível de recurso noutras instâncias. Como tal, o lateral está disponível para jogar enquanto não houver notificação da FIFA, num caso que, segundo apuramos, ainda nem sequer chegou aos gabinetes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Rio Ave não incorre, por isso, em qualquer risco ou prejuízo por ter utilizado o futebolista (ou continuar a utilizar até ser notificado).

Contactados por O JOGO e confrontados com esta decisão do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol brasileiro, os responsáveis do Rio Ave não fizeram comentários.





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