Hipócrita, egocêntrico, imaturo, sincero: a entrevista em que Brian Molko dos Placebo nos disse tudo o que lhe ia na alma


Dias antes de, por motivos de saúde, cancelar todos os concertos dos Placebo até ao final do ano, incluindo um no Coliseu de Lisboa, Brian Molko aceitou falar com a BLITZ, naquilo que devia ter sido uma conversa de 15 minutos. Por insistência do vocalista, a entrevista estendeu-se por mais de uma hora, passando por considerações pessoais, conselhos à jornalista e toda uma nova mundividência, desencadeada – segundo o próprio – pelo facto de, agora, ser pai de um menino. O hedonismo já é coisa do passado, garantia Brian Molko em 2010. Vale a pena recordar.

Os Placebo acabam de lançar o single “Tripper Happy Hands”. É justo dizer que é uma das músicas mais políticas de sempre da banda? É mesmo “a” canção mais política que os Placebo alguma vez gravaram! É uma canção de protesto. Eu cresci a ouvir música de protesto, Bob Dylan. O meu primeiro amor foi a música dos anos 60. Quando era adolescente, aquela rebelião foi muito importante para mim. E agrada-me a ideia de os Placebo terem ultrapassado toda a sexualidade, a maquilhagem e isso tudo, para agora fazerem uma canção de protesto. É uma canção anti-autoritária, anti-governo. A sua grande mensagem é de tolerância e compreensão. É contra a guerra. Nós, que somos de uma geração de teste, não acreditamos necessariamente que escrever uma canção possa mudar o mundo, mas pode mudar a maneira de alguém pensar, e isso é importante.

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