Mário Cesariny, o libertino, faria esta quarta-feira 100 anos


O centenário do nascimento de Mário Cesariny (1923-2006) permite rever de agosto de 2023 a setembro de 2024 a obra de um grande poeta, um artista plástico notável, tardiamente reconhecido, e ainda uma figura humana rara e aliciante, recuperada nas entrevistas que concedeu e nas cartas enviadas a diversos amigos ao longo de mais de meio século.

Os que não tiveram o privilégio do convívio pessoal reencontram nas obras já publicadas a insubmissão permanente, o sarcasmo escaldante e a virulência cáustica. A rebeldia de Cesariny era indomável perante os convencionalismos sociais, a mediocridade cultural e os totalitarismos políticos. Até quase ao fim da vida, mesmo já depois dos 80 anos — com razão ou sem razão —, nunca deixou de ser um provocador inveterado.

A certidão do Registo Civil refere que nasceu a 9 de agosto de 1923, na freguesia lisboeta de Benfica, na Vila Edith, mais precisamente na Estrada da Damaia, onde a família passava férias de verão. Mário foi o último filho (tinha três irmãs mais velhas) de Viriato de Vasconcelos, natural de Tondela, e de sua mulher María de las Mercedes Cesariny Escalona, natural de Paris, mas de ascendência paterna corsa e de origem materna espanhola.

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